Impressora 3D ajuda a devolver qualidade de vida a pacientes

O trabalho, apresentado por Filipi da Silva Araújo, acadêmico do quinto ano de Medicina do campus de Cascavel, consiste na produção de próteses cranianas de baixo custo em impressora 3D, feitas com polimetilmetacrilato (PMMA).
A inovação surgiu da observação de Filipi sobre o alto custo das próteses tradicionais, feitas de titânio ou de PEC (plástico biocompatível), que podem custar entre R$ 100 mil e R$ 200 mil, a depender do tamanho.
“Além de muito caras, essas próteses exigem processos burocráticos de aquisição e, por isso, o SUS não consegue disponibilizá-las a todos os pacientes. Muitos acabam vivendo apenas com a pele cobrindo o cérebro, o que aumenta o risco de complicações e compromete a qualidade de vida”, explicou o acadêmico.
O diferencial do novo método é a agilidade: a partir de uma tomografia computadorizada, a equipe consegue projetar uma prótese sob medida, respeitando a curvatura de cada paciente. Em até 24 horas a peça pode estar pronta, acelerando a cirurgia e devolvendo segurança e dignidade.
As primeiras pesquisas começaram em 2024 e, desde abril de 2025, cirurgias com esse modelo já estão sendo realizadas no HUOP.
Entre os visitantes que se encantaram com a proposta estava Rafaele Segatti Argenti, de 17 anos, estudante do CEEP.
“Vou prestar vestibular para Medicina na Unioeste, mas não imaginava que existiam projetos como este. Achava que a universidade era muito mais voltada à teoria do que à prática. Fiquei encantada com o que vi”, comentou.
A apresentação de Filipi foi apenas um dos exemplos da força da pesquisa científica dentro da Unioeste. Além de divulgar os mais de 60 cursos de graduação distribuídos entre os campi de Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo, a instituição aproveitou a Feira para mostrar iniciativas que integram ensino, pesquisa e extensão.
A Feira das Profissões tem como propósito aproximar alunos do ensino médio das possibilidades de formação técnica e superior em instituições públicas e privadas. No caso da Unioeste, o evento se transforma em uma vitrine para projetos que unem ciência e impacto social — como a prótese craniana em 3D, que conquistou visitantes e mostrou como a universidade contribui diretamente para transformar vidas.
Texto: Liliane Dias