Fundação SOS Mata Atlântica Apresenta Resultados Da Expedição Iguaçu

Fundação SOS Mata Atlântica Apresenta Resultados Da Expedição Iguaçu
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Durante dez dias, equipe da ONG percorreu 1.100 km do rio – de sua formação à foz -, para analisar a qualidade da água 

 

Nesta sexta-feira (19), às 11h, no auditório do Centro de Visitantes do Parque Nacional do Iguaçu, a Fundação SOS Mata Atlântica apresenta os resultados da Expedição Iguaçu, viagem técnica que percorreu o rio Iguaçu – desde sua formação, no encontro dos rios Iraí e Atuba, em Curitiba, até a foz no encontro com o rio Paraná, na tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. A importância do monitoramento do rio Iguaçu se justifica, pois o rio interage com 41 municípios paranaenses, três catarinenses e, ainda, pela província argentina de Misiones.

Durante 10 dias, a equipe do projeto Observando os Rios, da ONG, analisou a qualidade da água de um dos corpos hídricos mais importantes do Brasil, especialmente porque o rio Iguaçu possui trecho protegido pelo Parque Nacional do Iguaçu – Patrimônio Natural Mundial. Somado à coleta e análise da água nos 19 pontos, a equipe da expedição conversou com moradores, especialistas e lideranças que convivem com o rio e seus afluentes e que promoveram, em anos anteriores, expedições ao longo da bacia hidrográfica.

No evento a SOS Mata Atlântica reunirá parceiros locais, especialistas e gestores de Áreas Naturais Protegidas da bacia do Iguaçu, para mobilizar a sociedade e autoridades para a urgente necessidade do Brasil, assumir compromisso e metas efetivas de melhoria da qualidade da água de rios, córregos e mananciais das bacias brasileiras e transfronteiriças, como o rio Iguaçu. Além disso, a SOS Mata Atlântica quer chamar a atenção para as enormes ameaças e agressões que o rio tem sofrido no trecho brasileiro, desde sua formação na região metropolitana de Curitiba, até a foz.

“O Iguaçu é um emblemático rio brasileiro que, a exemplo de tantos outros, sofre com seus usos por vezes conflitantes. Falta de saneamento, diluição de esgoto, desmatamento que leva ao assoreamento, recepção de agrotóxico, barramentos para geração de energia e exploração de minérios contrastam com as necessidades cada vez maiores de acesso à água de boa qualidade, para abastecimento humano, dessedentação de animais, produção de alimentos, esporte, lazer, turismo e contato seguro. Vimos muita coisa durante essa expedição e agora queremos compartilhar essa experiência“, afirma Malu Ribeiro, especialista em Água da Fundação SOS Mata Atlântica.

Sobre o Observando os Rios

O programa surgiu em 1991, com uma campanha que reuniu 1,2 milhão de assinaturas em prol da recuperação do Rio Tietê e originou o primeiro projeto de monitoramento da qualidade da água por voluntários, o “Observando o Tietê”. Para agregar outras bacias hidrográficas, a iniciativa foi ampliada e passou a se chamar “Observando os Rios”. Nessa fase, com o patrocínio da Ypê e Coca-Cola Brasil, o projeto conta com 3,5 mil voluntários que monitoram 230 rios nos 17 estados da Mata Atlântica 17 estados do bioma Mata Atlântica – Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo –, e Distrito Federal.

Sobre o Parque Nacional do Iguaçu – ICMBio

Gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia do Ministério do Meio Ambiente e com apoio de instituições da sociedade civil, o Parque Nacional do Iguaçu abriga o maior remanescente de floresta Atlântica da região sul do Brasil. Protege riquíssima biodiversidade, constituída por espécies representativas da fauna e flora brasileiras, algumas ameaçadas de extinção, como a onça-pintada (Pantheraonca), o puma (Puma concolor), o jacaré-de-papo-amarelo (Caimanlatirostris), o papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), o gavião-real (Harpia harpyja), a peroba-rosa (Aspidospermapolyneutron) e a araucária (Araucariaaugustifolia. Espécies com relevante valor cientifico e socioambiental. Essa expressiva variabilidade biológica somada à paisagem singular das Cataratas do Iguaçu fizeram deste Parque Nacional a primeira Unidade de Conservação do Brasil a ser instituída um Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, em 1986. Saiba mais em www.icmbio.gov.br/parnadoiguacu

 

Sobre a Fundação SOS Mata Atlântica

A Fundação SOS Mata Atlântica é uma ONG ambiental brasileira. Atua na promoção de políticas públicas para a conservação da Mata Atlântica por meio do monitoramento do bioma, produção de estudos, projetos demonstrativos, diálogo com setores públicos e privados, aprimoramento da legislação ambiental, comunicação e engajamento da sociedade em prol da recuperação da floresta, da valorização dos parques e reservas, de água limpa e da proteção do mar. Os projetos e campanhas da ONG dependem da ajuda de pessoas e empresas para continuar a existir. Saiba como você pode ajudar em www.sosma.org.br.


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